A região do cerrado abriga 64% de produção de soja do país. A porcentagem corresponde a 12 milhões de hectares plantados, equivalente à soma dos estados de Sergipe e Pernambuco. Os campos destinados ao plantio cresceram 9% ao ano na última década. Seria uma boa notícia, se tal desenvolvimento agrícola não ameaçasse a fronteira sul da Floresta Amazônica.

O cultivo de soja não prejudica diretamente a biodiversidade da Amazônia. Mas representa um dos principais vetores de intensificação do desmatamento. A ocupação das áreas fronteiriças das florestas levou outras atividades agrícolas, como a pecuária e o extrativismo madeireiro, a avançar em direção às terras preservadas. O segundo fator é a valorização das áreas produtoras de soja no entorno da floresta. Graças aos altos preços, muitos fazendeiros precisaram explorar novos campos de plantio. (Forbes Brasil/22)