O produtor Elson Beier, 40 anos, planta soja convencional em uma área de 3 hectares na localidade de Vila Mauá, em Ijuí, no noroeste do Estado. - Minha safra é toda destinada a produtos ecológicos, por isso a exigência do plantio convencional - explica Beier. A produção é utilizada para obter derivados como leite, queijo e óleo. A floração da planta também serve de alimento para as abelhas das 28 colméias da propriedade. - O mel da soja convencional tem um aproveitamento melhor em comparação com o produto transgênico - justifica o pequeno produtor.

Os maiores problemas, relata Beier, são a incidência de doenças e de ervas daninhas. O produtor procura driblar estas dificuldades com a rotação de culturas. Diante da garantia ecológica de não-utilização de herbicidas, a soja é plantada entre o milho e a aveia, recebendo maior proteção. Anualmente, a produtividade alcançada na sua lavoura é de 35 sacas por hectare e chega a 28 quilos de mel em cada colméia. A produção com o grão transgênico é maior, como no caso de um agricultor de Cruz Alta que não quis ser identificado, que obtém 45 sacas de soja por hectare, a base de agrotóxicos. Ele plantará sua sétima safra geneticamente modificada ano que vem, numa área de 150 hectares. (ZH/12)