Deputado defende redução de resíduos sólidos no Rio Grande do Sul
2004-09-17
A discussão sobre os resíduos sólidos deve se concentrar não apenas na reciclagem ou na reutilização dos detritos, mas principalmente na busca de alternativas para a redução do volume produzido por empresas e pela sociedade brasileira. A afirmação é do presidente em exercício da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado João Fischer (PP), que participou do I Congresso Interamericano de Resíduos Sólidos Industriais, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
Segundo ele, a responsabilidade de controlar a emissão de resíduos no meio ambiente é de toda a população, e não apenas das empresas. — É muito importante discutir o que fazer com o lixo já produzido, mas mais premente ainda é encontrar formas de se diminuir a geração dos detritos. E isso vale para todos os tipos de sobras, não apenas as geradas pela indústria. Esta deve ser uma conscientização de todos. Só desta forma estaremos respeitando a natureza e o meio ambiente, disse.
Conforme o engenheiro químico Luiz Ruppenthal, diretor da União dos Trabalhadores em Resíduos Especiais e Saneamento Ambiental (Utresa) e participante do evento, o Rio Grande do Sul produz cerca de 10 mil toneladas de resíduo sólido por mês. Ruppenthal alertou para o fato de que alguns tipos de detritos, especialmente os compostos à base de plástico, podem levar até 500 anos para se decompor.