Comparar tamanho de partículas pode ajudar na qualidade do ar
2004-09-15
Estudar os diferentes tamanhos das partículas poluentes inaláveis e suas correlações é fundamental para entender os processos de certas doenças respiratórias. Trata-se de uma atividade que visa à melhoria da qualidade do ar, especialmente em grandes centros urbanos. Em razão disto, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb/SP) iniciou, em sua sede, um estudo comparativo de equipamentos amostradores de partículas de diversos tipos, tanto automáticos como manuais, de diferentes fabricantes. Os equipamentos foram instalados próximo à sede da instituição, onde fica a estação telemétrica de Pinheiros. O objetivo é determinar as concentrações de partículas inaláveis (menores que 10 µm), partículas inaláveis finas (menores que 2,5 µm), fumaça e carbono elementar. A operação vai durar aproximadamente dois meses e permitirá, através da comparação de diferentes metodologias de medição, estabelecer correlações entre as diversas frações de material particulado em uma atmosfera urbana com predominância de fontes de emissão veiculares. Ou seja, até o final do ano, ficará mais fácil saber como é a composição de materiais particulados naquela região, o que, por sua vez, poderá facilitar a realização de estudos epidemiológicos, da área de saúde, voltados à compreensão e prevenção de doenças respiratórias. As partículas inaláveis, presentes na atmosfera, além de criarem problemas de visibilidade e incômodo, estão diretamente associadas a problemas de saúde, aumentando o risco de doenças cardíacas e pulmonares. O material particulado é um dos poluentes que mais ultrapassa os padrões de qualidade do ar na Região Metropolitana de São Paulo.