Cresce agricultura em áreas degradadas
2004-09-14
Seguindo a média de incorporação de cerca de 800 mil a um milhão de hectares (ha) a cada safra no Estado, em cerca de dez anos, os sete milhões de ha de pastagem degradada que existem, poderão, sem causar qualquer impacto ao meio-ambiente, comportar a duplicação da produção mato-grossense, ou seja, passando de 20 milhões de toneladas (t) para 40 milhões t. Para o secretário de Desenvolvimento Rural e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, a integração entre as atividades é a melhor alternativa, tanto para o desenvolvimento do agronegócio. —Em cerca de cinco anos, a área anteriormente degradada estará fosfatada e calcarizada, podendo voltar à pecuária—, aponta.
Para quem opta por cultivar em áreas assim, a economia está no tempo de preparo do solo e no custeio, —investimento infinitamente menor se fosse adquirir terras e abri-las—, reforça. Segundo Pereira, são utilizados em área novas cerca de quatro t a cinco t de calcário por ha e em área de recuperação, são utilizados cerca de 2 t por ha. —Outra vantagem é a agilização, pois não é preciso licenciamentos ou autorizações, porque a área já foi aberta há cerca de 30 anos e está averbada—, completa Pereira. (Diário de Cuiabá, 13/09)