Vários projetos de geração elétrica estão parados, envolvidos em ações judiciais ou à espera de liberação. Nas contas da Associação da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), dos 5,7 mil megawatts (MW) em obras de expansão paralisadas, cerca de 2,4 mil MW dependem de licença ambiental. Na semana passada, o governo decidiu criar um comitê interministerial para acompanhar as obras de hidrelétricas consideradas prioritárias - por representar 52% da potência prevista nos projetos. - A situação anterior era muito pior, não tínhamos regras. Agora, o novo modelo vai passar por testes - avalia Paulo Godoy, presidente da Abdib.

Ele observa que há vários tipos de problemas ambientais, que envolvem o Ministério Público, o órgão federal de licenciamento e os estaduais. - Com o crescimento do consumo, a solução dos entraves volta a preocupar. Num lapso de dois a três anos, podemos ter constrangimentos - diz. O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Adilson de Oliveira chegou a prever, há algumas semanas, que haveria risco de problemas de abastecimento já em 2007: - Depois, houve definições do novo modelo do setor elétrico, mas ainda há elementos não esclarecidos. Para que não se repita a crise de 2001, Oliveira considera fundamental apressar o processo das licenças ambientais, definir os últimos detalhes do novo modelo e regular o mercado de gás natural para ativar projetos de geração térmica. (ZH/11)