O painel de propostas e ações, realizado na quarta-feira (08/09), em Porto Alegre, o evento -A Universidade Frente aos Desafios da Sustentabilidade: um debate sobre a construção do futuro-, promovido pela UFRGS em parceria com a UNESCO, acabou não gerando propostas conclusivas. O debate transcorreu sobre conhecimentos gerais nas áreas de ecologia e sustentabilidade, quase não ultrapassando conceitos de domínio público. O fato é reflexo da lentidão com que o desenvolvimento sustentável vem se incorporando às atividades empresariais.

Arthur Shaker, antropólogo e mestre budista, disse que as universidades deveriam trabalhar com o conceito de cosmologias comparadas, aumentando a interação entre as ciências. — Precisamos de um olhar mais amplo sobre os paradigmas que ditam as noções de natureza humana e a relação com o meio ambiente —, disse. Já Fernando Almeida, Presidente Executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), começou sua fala dizendo que iria ser pragmático, mas suas propostas foram genéricas. — Temos que lembrar ao BNDES que ele possui o S na sigla —, disse fazendo menção à preocupação social, e conquistando a platéia que ocupava quase metade das cadeiras do salão de Atos da UFRGS. Almeida lembrou também, que as universidades deveriam se tornar mais holísticas, para avançar na sustentabilidade. O Secretário Executivo do Conselho Nacional de Educação, Ronaldo Mota, defende que seja facilitado o ingresso de estudantes de escolas públicas às universidades do estado, para combater a elitização do ensino. —A exclusão social na educação faz o Brasil desperdiçar talentos—, opina.