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2004-09-10
Membros de conselhos de duas cidades estão correndo para a construção de usinas de energia a fim de evitar um próximo apagão californiano, mas eles estão acusando uma instituição trabalhadora de explorar leis ambientais a fim de manter trabalhadores não sindicalizados em empregos nesse setor. O grupo sindical diz que está tentando proteger a Califórnia da poluição, bem como de falta de energia. Mas outro grupo, a Comissão de Energia da Califórnia, está estudando alegações de que o Sindicato para a Energia Confiável da Califórnia, mais conhecido como CURE (o primeiro grupo), tenha repetidamente ameaçado com um aumento das preocupações ambientais ao permitir que usinas contratem trabalhadores sem os devidos procedimentos de licenciamento. — As pessoas não querem usar a palavra carta negra, mas é o que é, afirma Richard Roccucci, conselheiro do subúrbio de Riverside, em Sacramento. Ele considera a proposta não ética. Roccucci foi um dos que votou contra um acordo de trabalho com a CURE para acelerar a construção de uma usina energética de 150 megawatts.

Poluição
O Conselho da Cidade de Riverside votou, em 27 de julho último, por unanimidade, pela assinatura de um contrato com um contratante não sindicalizado que cobrou US$ 5 milhões a menos que o sindicalizado concorrente ao contrato. Ao mesmo tempo, a CURE assinou papéis ilegais com a comissão de energia, fazendo aumentarem as preocupações a respeito da poluição do ar no projeto Riverside. Na semana passada, sindicatos compareceram a uma audiência na qual requereram a revisão do plano ambiental da usina ao invés de expressos seis meses dados aos processos de licenciamento de pequenas hidrelétricas, como a de Riverside, que deverá gerar 96 megawatts.

Energia limpa
Mas a CURE rejeitou as críticas, afirmando que os sindicatos devem estar à frente da luta para reduzir a poluição da água e do ar e possibilitar a geração de eletricidade. —Temos tido pouca tolerância em questões ambientais, disse o executivo da CURE Robert Balgenorth, presidente da State Building & Construction Trades Council of California. Segundo ele, o que os sindicalistas querem é manchar a reputação da entidade. Ele acrescentou que as negociações entre a CURE e desenvolvedores resultou em uma quebra de 50% nas emissões de óxidos de nitrogênio nas hidrelétricas desde 1997. Porém, o grupo contrário aposta que as energias corretas, ambientalmente, são de outra natureza que não hidrelétrica: — O pretexto ambiental da CURE tem se tornado cada vez mais estreito, assinala V. John White, diretor legislativo da Campanha Energia Limpa, em Sacramento, que advoga o uso da energia solar, eólica e geotérmica. (Los Angeles Times 08/09)

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