Os europeus precisam deixar um pouco de lado os seus carros se eles querem, mesmo, proteger sua saúde. Países ao longo da Europa vão fracassar em atingir metas de ar puro caso não mudem seus hábitos, disse um dos maiores especialistas britânicos em poluição, na semana passada. Sem a adoção de medidas mais efetivas no futuro, uma epidemia de problemas respiratórios vai aparecer, particularmente entre pessoas que vivem em cidades. A Grã-Bretanha, por exemplo, certamente falhará em preencher reivindicações sobre os níveis de dióxido de nitrogênio, ozônio e outras partículas finas oriundas da exaustão de gases, afirma Mike Pilling, químico ambiental da Universidade de Leeds que adverte o governo do Reino Unido a respeito da qualidade do ar. O alerta foi dado no último dia 7 durante o Festival de Ciência que ocorreu na Associação Britânica para o Avanço da Ciência, em Exeter. A Grã-Bretanha tem meta de reduzir, até 2010, a quantidade de particulados menores de 10 micrômetros de diâmetro (os chamados PM 10) para 20 microgramas por metros cúbico de ar, em todo o país, exceto em Londres, onde a média estipulada é de 22 microgramas. Mas ainda em 2010, cerca de 600 a 700 estradas em Londres apresentarão altos níveis de dióxido de nitrogênio proveniente dos gases de exaustão dos automóveis. (Nature 07/09)