O perigoso furacão Iván avança para Jamaica e Ilhas Cayman depois de devastar as Antilhas e o sul do Caribe, enquanto em Cuba já começaram as evacuações e na Flórida milhares de pessoas fogem para terra firme. O Iván, que ocasionou pelo menos 23 mortes durante sua passagem pelo Caribe, se deslocava para o oeste-noroeste a 20 quilômetros por hora e com esta trajetória espera-se que esteja perto da Jamaica ainda hoje sexta-feira (10/09). O Centro Nacional de Furacões (CNH), em Miami (EUA), informou que às 03.00 GMT (00.00 de Brasília), o Iván estava perto da latitude 15,5 graus norte e longitude 73,3 graus oeste, 465 quilômetros de Kingston, Jamaica.

Alerta
Os poderosos ventos do furacão caíram para 240 quilômetros por hora, por isso agora é um ciclone de categoria quatro na escala de intensidade Saffir-Simpson de um máximo de cinco. — Embora seus ventos máximos tenham diminuído, o Iván é um perigoso furacão. São prognosticadas algumas oscilações em sua intensidade durante as próximas 24 horas, advertiu o CNH. Os meteorologistas esperam que o furacão oscile entre as categorias três, quatro e cinco, as maiores da escala, porque se encontra sobre as águas quentes do Caribe e isto o fortalece. Dessa forma, o CNH alertou que o Iván pode ser de novo um furacão de categoria cinco quando chegar à Jamaica. Jamaica e as Ilhas Cayman estão sob aviso de furacão e permanece com efeito um alerta de ciclone e um aviso de tempestade tropical para o sudoeste do Haiti. Na República Dominicana estão vigentes uma vigilância de furacão e um aviso de tempestade tropical e no leste e centro de Cuba uma vigilância de furacão.

Preparativos
As autoridades cubanas já começaram a fazer os preparativos para a chegada, no domingo, do furacão, e já foram evacuadas por volta de 50.000 pessoas e estão preparadas para fazê-lo outras 200.000. O Iván pode representar uma ameaça para a Flórida no próximo domingo ou na segunda-feira de manhã, segundo as projeções dos meteorologistas. Isto obrigou as autoridades a ordenar nessa quinta-feira (09/09) a evacuação de milhares de turistas e residentes, e estes últimos colocavam freneticamente lâminas de metal e madeira em suas casas para protegê-las do possível embate do Iván. Centenas de veículos transitavam na tarde de hoje pela única estrada que une as pequenas ilhas na Flórida à terra firme, enquanto se anunciava o fechamento a partir dessa sexta-feira das escolas, das repartições públicas e dos tribunais. — Temos um enorme furacão por perto, seria estúpido não sair daqui quando existem poucas possibilidades de estarmos protegidos se nos atingir, expressou George Jarrel, um dos 79.000 residentes do condado de Monroe.

Palco
O governador da Flórida, Jeb Bush, por sua vez, disse que não se está preparando para um palco de circunstâncias catastróficas ante a ameaça do furacão, mas recomendou aos cidadãos tomar medidas para enfrentar um terceiro ciclone. Em menos de um mês, o estado foi atingido pelo furacão Charley que causou 23 mortes e perdas materiais no valor de 17,5 bilhões de dólares, e pelo Frances que deixou 20 mortos e danos de 5 a 15 bilhões. (EFE 10/09)