Discussão sobre poços artesianos de São José do Norte vai parar na Justiça
2004-09-10
O Promotor de Justiça de São José do Norte, Everton Menezes, tem em seu poder dois processos envolvendo problemas relacionados com a água potável no município. O primeiro, com pedido de providências feita pela Corsan, através do eng. Paulo da Conceição Machado, que solicita intervenção da Promotoria Pública, considerando a lei que determina a impossibilidade de utilização de poços artesianos em economias urbanas, onde passa cano mestre daquela companhia estatal.
Conforme o pedido, são cerca de 20 residências, na área da cidade, que não lacraram seus poços, conforme determina a lei, e que continuam utilizando água dos referidos poços, que não apresentam condições para consumo. O segundo processo diz respeito as condições em que se encontram os moradores da região da Quinta Secção da Barra, obrigados ao consumo de água contaminada e sem condições de consumo humano, por falta de outra opção. Conforme salientou Everton Menezes, a Promotoria Pública resolveu condicionar a solução do primeiro problema, a busca de alternativas para a solução do segundo, que considera muito mais grave.
A Companhia Riograndense de Saneamento faz a extensão de tubulação entre a cidade e a Quinta Secção da Barra para o abastecimento de água potável aos moradores daquela região, e a Promotoria agiliza o processo que determina o lacre dos poços instalados na zona urbana. Everton Menezes salientou que existem duas versões na Corsan, para o problema da água na Barra. Uma delas frisa que a colocação de tubos para levar o líquido aos moradores da Barra, numa distância de 14 quilômetros, teria uma despesa muito alta para a companhia, tendo em vista o baixo retorno financeiro que redundaria dessa operação e, a segunda, refere-se a viabilidade de abertura de novos e tantos poços artesianos quantos necessário, em busca de água de boa qualidade, para o abastecimento da população. (Jornal do Povo, 09/09)