A China liberalizará o mercado de petróleo em 2007, quando a entrada de capital estrangeiro no setor impedirá o governo de manter o controle sobre os preços do petróleo e seus derivados, informou segunda-feira (06/09), a imprensa local. O controle estatal sobre os preços desaparecerá gradualmente depois da abertura do mercado a investidores estrangeiros no fim de 2006, o que permitirá que a população sinta no mercado nacional a alta do preço internacional do petróleo, segundo o jornal South China Morning Post.
Apesar da alta de quase 22% do preço internacional do petróleo desde junho, as autoridades chinesas mantiveram os valores de maio para os derivados do produto, como a gasolina, o diesel, o combustível de aviões e a nafta. O lucro das maiores refinarias chinesas (estatais) despencou, só se recuperando um pouco no final agosto, quando Pequim autorizou um aumento de entre 6,6 e 11% nos preços. Os preços do petróleo e de seus derivados na China variam em função de cada província e região. Além disso, as companhias têm permissão para fazer reajustes de 8%, para mais ou para menos, em relação ao preço de referência do governo.
Apesar de tudo, o valor de cada barril de petróleo que as refinarias chinesas negociam é pelo menos 5 dólares americanos menor que no mercado internacional. — Se o mercado fosse liberalizado agora, os preços dos carburantes derivados do petróleo teriam que subir, diz o vice-presidente do grupo Sinopec Xangai Petrochemical.
A China é atualmente o segundo maior consumidor de petróleo do mundo, já que depende do produto para manter seu alto ritmo de crescimento econômico, de 9,6% no primeiro semestre do ano. Nos primeiros sete meses deste ano, a China importou 10,5 milhões de toneladas de petróleo. Em julho, as importações subiram 40,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo cifras da Administração Geral de Alfândegas.(EFE 06/09)