Dilma deixou um passivo de projetos poluidores como secretária no RS
2004-09-08
Seria apenas uma coincidência que, na época da aprovação do projeto Complexo do Rio das Antas, a Secretária de Minas e Energia do RS era Dilma Rouseff? Outra coincidência foi à aprovação da construção da termelétrica a carvão Jacuí I na Região Metropolitana de Porto Alegre, também na gestão da Ministra como Secretária de Energia do RS. Jacuí I emitirá 30 toneladas anuais de cinzas leves, contendo o elemento radioativo Tório, ou seja, a Tchernobil dos pampas. As cinzas leves do carvão não são captadas pelos precipitadores eletrostáticos (com eficiência de 99,98%), sendo carregadas pelo vento para grandes distâncias, além do que, devido ao seu diminuto tamanho, são facilmente absorvidas pelos pulmões.
Precedentes
Outro exemplo: a UHE de Irapé, a mais alta do Brasil (204 metros) no Vale do Jequitinhonha, foi aprovada com 47 condicionantes, que não foram cumpridos pelo empreendedor, a CEMIG. Embora tenha sido acordado com o Ministério Público e o COPAM - Conselho de Meio Ambiente - uma solução para reassentamento de 1.200 famílias (5.000 atingidos) , até o momento as terras ainda não foram disponibilizadas. A CEMIG irá encher o reservatório em novembro o quê vem provocando uma disputa política e jurídica. Outros casos aprovados com condicionantes são a UHE Aimoré, a UHE Candonga e a PHC Fumaça, todos em Minas Gerais. Em todos eles acontece uma tragédia social que, certamente, não deve ser no interesse do desenvolvimento do país, pois aumenta a desigualdade social. (Por Guilherme Dornelles, Vice- Presidente da AGAPAN - Incluí discussões do Grupo de Trabalho - GT Energia do FBOMS - Fórum Brasileiro de Organizações Não Governamentais e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento)