As conseqüências mais graves da explosão do reator nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, ainda não apareceram, mesmo depois de 15 anos da tragédia. Essa é a conclusão de um relatório produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o pior desastre nuclear da história. A explosão ocorreu em abril de 1986 e contaminou mais de 160 mil quilômetros quadrados na Bielo-Rússia, Rússia e Ucrânia. Segundo o estudo, 7 milhões de pessoas foram atingidas. Os problemas técnicos de Chernobyl estão praticamente solucionados com o isolamento que foi criado em volta da usina, conhecido como sarcófago. O problema é que a maioria dos efeitos da explosão sobre os seres humanos continua sem solução, alerta o relatório. A conseqüência que mais preocupa a ONU é o surgimento de novas doenças. Nos próximos dez anos, a expectativa é de um aumento de mortalidade por câncer. (OESP-21/8)