O governo comunista do Laos está defendendo o projeto de uma super-hidrelétrica de US$ 1 bilhão. O empreendimento, porém, tem a oposição de ativistas que insistem que uma grande represa na Indochina será um desastre social e ambiental para a nação empobrecida. Autoridades do Laos informaram ao Banco Mundial, durante uma oficina de trabalho, em Bangcoc, que a hidrelétrica proposta, Nam Theun 2, é a melhor opção para o desenvolvimento do país e a eliminação da pobreza numa nação onde 70% da população vive com menos de US$ 2 por dia. — Meu governo está comprometido com o desenvolvimento balanceado, disse Somboune Manolom, representante do Ministério da Indústria no encontro. A hidrelétrica Nam Theun 2 terá capacidade de geração de 1.070 megawatts, com 95% da energia vendida à Tailândia, o que possibilitará ganhos de US$ 80 milhões por ano ao Laos. Mas US$ 1,4 bilhão da verba necessária ao projeto, que deverá ser localizado na área central do Rio Mekong, ainda precisa de garantias do Banco Central. Os ambientalistas rejeitam a proposta porque ela desalojará seis mil pessoas e submergirá áreas onde vivem outras 40 mil. (Reuters 02/09)