Modelos computadorizados não dão certeza sobre o clima
2004-09-01
A posição confusa do governo norte-americano a respeito do que julga ser a origem da mudança climática mostra que mesmo com todos os avanços na pesquisa e nos modelos computadorizados, não existe mais consenso sobre se a ação antrópica é ou não a causa maior da mudança. Mesmo os mais potentes softwares que rodam nos supercomputadores permanecem, essencialmente, recriações a respeito de como o sistema do clima funciona, e utiliza equações que simulam o fluxo de energia, água, ar, nuvens e poluição atmosférica. Os modelos, portanto, proporcionam apenas ferramentas para esquadrinhar causas e conseqüências da mudança climática, dado que é impossível fazer um experimento real com a Terra da forma como ela se comportava em termos climáticos há centenas de anos e sobre como foram então formados os chamados gases estufa. Alguns poucos cientistas acreditam que os modeladores estão presos em um exercício ciurcular com pouco significado, construindo simulações complexas de um mundo real também complexo a partir de muitas características. Outros, contudo, vêem avanços concretos nos modelos, tanto é que o Painel Intergovernamental de Mudança Climática, em 2001, assinalou que a maioria do aquecimento observado nos últimos 50 anos é atribuível atividades humanas.