Um dos pesquisadores do Programa de Biodiesel, o cientista José Valter Bautista Vidal enfatizou a necessidade de o Governo brasileiro dedicar maior incentivo aos programas de geração de energia. Na sua avaliação, esse setor pode vir a ser liderado pelo Brasil em razão de sua capacidade de fusão nuclear, seu vasto território e seu patrimônio ambiental.
Entusiasmado em relação ao novo combustível, Bautista Vidal lamentou que os sucessivos governos ainda não tenham atentado para esse potencial brasileiro. — Apelo ao presidente João Paulo que converse com o presidente Lula para orientar sua equipe na direção que o mundo espera do Brasil: a direção da energia, ente absoluto e total, enfatizou o pesquisador, que participou da Comissão Geral que debateu, no plenário Ulysses Guimarães, o biocombustível.

Excedente de produção

Há dois anos desenvolvendo projetos de biodiesel no Brasil, o representante da empresa Proenco, Neddo Sandro Marcello Zecca, ressaltou a necessidade de o Governo decidir o que irá fazer com o novo combustível. — pretender exportar o excedente da produção para a Europa, deverá se adequar às normas lá vigentes. Feito isso, o País poderá se tornar o maior fornecedor daquele continente. Um dos aspectos que favorecem o Brasil é a disponibilidade de um vasto território para produção, o que não ocorre na Europa, onde grande parte do território é destinado à produção de alimentos, avaliou.

No entanto, para se manter na posição de principal fornecedor, o empresário alerta que o Brasil deverá sustentar a elevada qualidade do produto. Ele sugeriu, então, que os investimentos e benefícios não se limitem aos produtores, mas que sejam estendidos à indústria de forma a permitir um biodiesel competitivo.