Pólo petroquímico é principal fonte de poluição em Cubatão
2004-08-25
O apelido de Vale da Morte para a região de Cubatão, dado nos anos 80 devido ao elevado número de empresas com alta carga poluidora naquela área, ainda continua aplicável, mesmo passados 24 anos. Em 1983, a Companhia Tecnológica de Saneamento Básico de São Paulo (Cetesb) deu início a um programa de controle de emissões. Porém, ainda há cinco fontes de poluição que preocupam a companhia. Elas terão acompanhamento mais intensivo, segundo informações levadas pela Cetesb à Câmara de Vereadores de Cubatão, no final da semana passada. Entre as medidas para chegar-se a esta finalidade estão a adoção de um sistema de monitoramento on-line, no caso das emissões atmosféricas, e o refinamento do controle dos lançamentos de efluentes, com o controle da qualidade das águas a montante (antes) e a jusante (depois) de cada uma das fontes. As águas pluviais contaminadas de cada uma dessas fontes serão tratadas, e haverá ainda a identificação das plumas de contaminação do solo e a remediação de áreas impactadas. Todas as empresas com problemas pertencem ao pólo petroquímico local. Alguns técnicos arriscam dizer que este é um dos mais caros programas de recuperação ambiental do Brasil. E o Ministério Público permanece atento, pois, segundo a promotora do Meio Ambiente de Cubatão, Liliane Garcia Ferreira, apesar do grande avanço obtido pela Cetesb naquela região, especialmente quanto à poluição do ar, ainda há sérios problemas a serem enfrentados, como a contaminação no estuário de Santos e os passivos ambientais no solo e em lençóis freáticos.