Multas aplicadas durante Operação Tauató chegam a R$ 22 milhões
2004-08-24
A Operação Tauató, de prevenção, contenção e punição contra o desmatamento ilegal, grilagem de terras e trabalho escravo, já aplicou 40 autos de infração contra madeireiras, que correspondem a R$ 22 milhões em multas. A operação vem sendo desenvolvida há três semanas nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. Segundo o gerente executivo do Ibama do Acre, Anselmo Forneck, foram apreendidas três máquinas pesadas, entre tratores e caminhões, bem como cinco motores de apoio, entre geradores de luz e bombas d’água. — Com a operação, foi desmotivado o desmatamento de 100 mil hectares de floresta. Além disso, foram apreendidos cerca de 12 mil metros cúbicos de madeira – sendo nove mil metros cúbicos em áreas de grilagem e terras da União, contou.
Segundo Henrique Pereira, gerente do Ibama no Amazonas, foram percorridos 500 quilômetros em estradas clandestinas e encontrados cinco acampamentos vazios utilizados por madeireiros, que foram destruídos. Segundo ele, os peões acabam sumindo antes porque os batedores avisam. — Começamos a operação mais cedo do que no ano passado. Com isso, trabalhamos preventivamente para evitar operações de desmatamento, salientou Pereira.
Participam da operação, além do Ibama, a Polícia Federal, o Exército, o Batalhão Florestal da Polícia Militar do Amazonas e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). A operação faz parte do Programa Nacional de Combate ao Desmatamento e Queimadas na Amazônia e conta com cerca de 80 pessoas na região. Segundo a assessoria do Ibama no Amazonas, a Operação Tauató é a primeira realizada com recursos do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal (Plano Desmate), do governo federal. (Agência Brasil, 23/08)