Poluição é problema em Ribeirão Preto
2004-08-24
Relatórios emitidos pela Cetesb nos dez primeiros dias de funcionamento da sua estação medidora em Ribeirão Preto mostram que a qualidade do ar no município é apenas regular, principalmente em razão da grande concentração de ozônio. No mesmo período, outras cidades onde a qualidade do ar é medida diariamente pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), como São José dos Campos e Campinas, tiveram resultados melhores. Dos dez relatórios diários da Cetesb entre 10 de agosto, quando a estação foi instalada, e a última sexta-feira, a qualidade do ar ficou regular em seis dias e boa em quatro. No mesmo período, em Campinas, a qualidade foi boa em oito dias e regular em dois.
A concentração de ozônio na quinta-feira em Ribeirão estava em 119 microgramas por metro cúbico -para a qualidade do ar ser boa, deve ficar entre zero e 80 microgramas por metro cúbico. A poluição por ozônio, segundo a Cetesb, por se tratar de um gás tóxico, pode causar sérios efeitos, mesmo em baixa concentração, como irritação nos olhos, no nariz e na garganta, envelhecimento precoce da pele, náusea, dor de cabeça, tosse, fadiga e agravamento de doenças respiratórias. A exposição ao ozônio é mais prejudicial quando se está fazendo exercícios físicos, situação em que pode haver uma redução sensível da capacidade respiratória. (Folha de São Paulo, 23/08)