O Ibama apreendeu na terça-feira uma serraria flutuante que processava madeira ilegal no rio Atuá, na Ilha de Marajó a 300 km de Belém. É um fato inédito na Amazônia e demonstra a sofisticação de crimes ambientais. Agentes do Ibama e do Batalhão de Policiamento Ambiental localizaram a balsa após denúncia anônima. A serraria, montada na balsa, dispõe de equipamentos com capacidade para serrar milhares de metros cúbicos de madeira. Dois contêineres abrigavam escritório que preparava documentos falsos para esquentar a madeira retirada ilegalmente.

Os resíduos produzidos pela serraria flutuante eram jogados no rio Atuá. A bordo, foram encontrados 300 metros cúbicos de madeira em tora e 25 metros serrados das espécies para-para e marupá. O proprietário da serraria flutuante, Ricardo Fagundes, foi multado em R$ 85 mil reais por destruir a flora, extrair, serrar e transportar produto florestal sem autorização do órgão ambiental e manter madeira em estoque sem comprovação de origem, além de instalação de serraria sem registro.

O Ibama e a Polícia Mlitar estão rebocando a balsa para Belém e deve chegar ao porto na madrugada deste sábado. Em seguida, o gerente-executivo do Ibama no Pará, Marcílio Monteiro, detalhará a apreensão. (Ibama, 20/08)