Visando evitar que a poluição do ar se torne um problema, Porto Alegre precisará ter, em curto prazo, alternativas para o trânsito. Elas podem incluir a substituição do óleo diesel utilizado no transporte coletivo de passageiros por outro tipo de combustível e a criação de formas de transporte, que não o rodoviário. A avaliação é do diretor técnico da Fepam, Mauro de Moura. De acordo com Moura, e também com o diretor de fiscalização da EPTC, Vanderlei Capellari, o trânsito é hoje o grande vilão da poluição do ar em Porto Alegre.

Atualmente, 50% da poluição do ar na cidade é causada pelos veículos movidos a diesel. São 1.554 ônibus e cerca de 400 lotações que circulam apenas dentro da cidade. — Ficamos muito preocupados após a estação da Fepam na rodoviária ter detectado, em junho, que a qualidade do ar estava, pela primeira vez, inadequada, lembrou Capellari. De acordo com o supervisor do Meio Ambiente da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Ricardo Fournier, existe a possibilidade de o diesel metropolitano (que já tem menores quantidades de poluentes) ser substituído pelo biodiesel na Capital. Lembrou ainda que estão em estudo outras alternativas que prevêem a diluição do trânsito no entorno da rodoviária. Voltou a pedir que a população, sempre que possível, deixe o carro em casa. (CP/10)