A produção das duas lavouras experimentais realizadas em duas propriedades do entorno da Estação Ecológica (Esec) do Taim, na área pertencente à Santa Vitória do Palmar, já foi colhida e começa a ser comercializada. Os experimentos, que integram as atividades do Projeto Ações Prioritárias à Sustentabilidade no Taim, do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema)/Probio-MMA/CNPQ/Esec, foram exitosos, sem o uso de químicos, uréia e herbicida.

De acordo com o superintendente do Nema, oceanólogo Renato Carvalho, de uma das lavouras, na qual foram plantados cinco hectares, foram colhidas 118 sacas por hectare. Na outra, onde foram usados dois hectares, a colheita foi de 80 sacas/ha. Nessa segunda área, a produção foi menor, porque foi utilizado o sistema pré-germinado e houve prejuízos devido à ação de pássaros. Na primeira, Carvalho disse que foi colhida a média normal para a região, que é entre 110 e 120 sacas por hectare. Agora, a produção está sendo industrializada e começando a ser comercializada em embalagens de um quilo, com a marca Amigo do Taim. — Estamos abrindo mercado em Rio Grande, Pelotas e Santa Vitória do Palmar. É uma oportunidade de verificar a aceitação do produto—, ressaltou. A expectativa é desenvolver uma nova forma de plantio de arroz na região, mais amigável com o meio ambiente.

Carvalho observou que o arroz ecológico se mostra uma alternativa viável para o pequeno e médio agricultor que, além de não ter gastos com insumos, está conseguindo 30% a mais por saca do produto, pois a cotação arroz ecológico no mercado supera a do convencional. (CP, 22/08)