Uma investigação da Polícia Federal (PF) resultou ontem na apreensão de quatro dragas e na prisão de 12 pessoas sob suspeita de extração ilegal de areia. O flagrante ocorreu no Rio Jacuí, em uma área no limite dos municípios de Triunfo, São Jerônimo e General Câmara, numa região conhecida como Ilha das Flores. A operação foi organizada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e ao Patrimônio Histórico da PF. A tripulação das dragas foi levada de ônibus para prestar depoimento na PF. Conforme o delegado Álvaro Palharini, o trabalho é resultado de uma investigação de três meses. A delegacia foi criada em dezembro. Desde então, tem reunido informações sobre essa atividade ilegal, ocorrida especialmente na área do Parque Estadual Delta do Jacuí, uma unidade de conservação protegida. - Essas ações destroem as ilhas e modificam os canais de navegação, além de atingir a flora e a fauna. Essa é uma área nova para a PF. Temos trabalhado em conjunto com o Ministério Público Federal e buscado informações junto a órgãos ambientais - explicou o delegado. As dragas apreendidas serão submetidas à perícia para verificação da capacidade de extração de cada uma. Os presos seriam autuados em flagrante por crime ambiental e usurpação de patrimônio público e poderiam ser liberados mediante pagamento de fiança que varia, segundo a polícia, de R$ 70 a R$ 300. Os donos das embarcações responderão a inquérito pelos crimes. Se não tiverem autorização e licença ambiental para extração, as empresas poderão ser multadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental. O que diz Oscar José Alvarez Junior, advogado da proprietária das dragas Jonathan, Gabriel e Thiago. José Alvarez afirmou que a empresa tem autorização e licenciamento ambiental. Joel Picinini, que representa a empresa proprietária da draga Bagual, diz que a atividade está de acordo com as exigências dos órgãos ambientais. (ZH/44)