Porto Alegre entra no mercado de carbono em setembro
emissões de co2
2004-08-20
Às 9 horas do dia 3 de setembro, será realizada na sede do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU, a abertura da licitação para concessão do uso para a queima do biogás gerado pelo Aterro Sanitário da Extrema na zona sul de Porto Alegre. A informação é do deputado estadual pelo PT, Estilac Xavier. A concessão do uso do biogás no aterro tem como finalidade a implantação e operação de atividade de Projeto do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para captura do gás, geração de energia, obtenção de certificação das reduções de emissões atingidas (RCEs) e comercialização dos Créditos de Carbono correspondentes. Segundo previsões de especialistas no setor, o Aterro Sanitário da Extrema pode gerar para a capital gaúcha, em sete anos, US$ 2 milhões. — A queima do biogás tem dupla finalidade: reduz as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa que é uma ameaça à saúde, à economia e aos recursos naturais. E o crédito de carbono gera receita para ser aplicada na saúde, educação e outras áreas, disse Estilac. O Protocolo de Kyoto exige que as nações desenvolvidas que assinaram o documento reduzam suas emissões de CO2 (dióxido de carbono). Há duas formas de se fazer isto: reduzindo elas próprias as emissões ou comprar de quem o faça. A queima de uma tonelada de CO2 evita que 22 outras toneladas escapem para o espaço. Esta queima, então, gera um crédito de carbono de 22 toneladas. Este crédito poderá ser vendido em bolsas internacionais, como Tóquio, Amsterdã, Londres ou Chicago, para governos ou empresas poderem aumentar sua cota de poluição nos países de origem.