Monumentos históricos também sofrem com ações humanas, dizem especialistas
2004-08-19
Não só a fauna e a flora sofrem com a ação humana na natureza. Um projeto recém-lançado na Europa prevê a análise dos efeitos causados pela poluição e por mudanças climáticas em prédios e monumentos históricos nos próximos cem anos. O grupo, formado por especialistas de dez países, foi batizado de Arca de Noé e vai trabalhar por três anos. Os cientistas estão particularmente preocupados com a deterioração causada pela radiação solar e por diferentes ciclos de frio e calor. Além disso, mudanças na composição da atmosfera, como mais ozônio, podem danificar os materiais usados nas construções. O foco inicial será dado a Praga, capital da República Tcheca, que surgiu no século 9, à ilha italiana da Sicília, onde estão os templos de Agrigento, construídos no século 6 a.C., e a Veneza, também na Itália, que corre o risco de ser inundada por causa da elevação do nível dos mares. O trabalho conta com 1,2 milhão de euros da Comissão Européia e prevê a organização de um Atlas de Vulnerabilidade, que mostrará quais áreas estão mais sujeitas a riscos e como prédios específicos devem reagir às condições climáticas do futuro. (Galileu/Agosto/n°157)