UNESP desenvolve estudo para o melhor aproveitamento da madeira pinus
2004-08-19
No Brasil, a utilização de pinus de reflorestamentos na indústria madeireira tem sido crescente nos últimos anos. As estimativas indicam que do volume de madeira serrada produzida no País, estimado em aproximadamente 22 milhões de m3, mais de 35% é formado de madeira de pinus. Atualmente, existem aproximadamente 1,70 milhão de hectares de plantações constituídas por espécies de pinus, das quais 46% são de Pinus taeda, espécie, portanto, muito importante para o fornecimento de matéria-prima, especialmente nas regiões Sul e Sudeste.
Qualidade inferior
Devido ao rápido crescimento, essas árvores produzem uma madeira na sua parte central, chamada de juvenil, que possui características diferentes daquela produzida na parte mais externa. A madeira juvenil, de uma forma geral, caracteriza-se por menor densidade, contração transversal menor, maior contração longitudinal, paredes celulares mais finas, maior conteúdo de lignina e hemicelulose, menor conteúdo de celulose e menor resistência em relação à madeira mais externa (adulta). Estas características implicam necessariamente em uma madeira com propriedades inferiores, que afeta principalmente a resistência e a estabilidade dimensional dos produtos que contenham estes tipos de madeira.
Melhor aproveiramento
Uma pesquisa desenvolvida por professores da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP, campus de Botucatu, pretende fazer um levantamento dos dados básicos da espécie Pinus taeda para que ela seja melhor aproveitada pela indústria. — O uso inadequado da madeira pode causar defeitos nos produtos, tais como trincamento e deformações - os mais comuns, afirma o engenheiro madeireiro Hernando Alfonso Lara Palma, coordenador da pesquisa. A pesquisa teve início no final de 2002 e deve ser concluída em agosto deste ano.