O Instituto de Astrofísica de Canárias (IAC) solicitará formalmente à Unesco que declare a proteção cultural do céu a fim de fomentar seu conhecimento pela sociedade e reduzir a contaminação por excesso de luzes artificiais. O coordenador do projeto e membro da Associação Nacional Celfosc para combater a contaminação lúmnica, Juan Andrés García, argumentou que a iniciativa pretende assegurar que a abóbada celeste possa continuar sendo objeto de observação por parte das gerações futuras. Este projeto é conseqüência da reunião de especialistas organizada em fevereiro de 1994 pela Unesco na Universidade de La Laguna (Canárias) para confeccionar a Declaração Universal dos Direitos das Gerações Futuras, que pretende ser equivalente à Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. García explica que o céu carece de proteção por se tratar de um bem intangível e com um imenso valor cultural. Segundo ele, a emissão de luz indiscriminada ao céu, nas grandes cidades, reduz a visibilidade a apenas 230 estrelas do total de 7.646 que, segundo a literatura astronômica internacional, se podem apreciar sem qualquer instrumento. (El Mundo 16/08)