O impasse do amianto no Brasil deve acabar em dezembro, diz governo
2004-08-18
O governo tem até dezembro deste ano para estabelecer uma política nacional referente às regulações da exploração, processamento e uso do amianto no país. Espremido entre interesses que, pelo lado do Ministério das Minas e Energia, levam ao que se pode chamar de uma espécie de liberdade de uso vigiada e, por outro, pelos interesses dos Ministérios da Saúde e do Trabalho, que querem o banimento dessa fibra, o Executivo coloca apenas que pretende a construção dessa tal política nacional, não importa as posições de cada ministério virtualmente envolvido com o caso - são oito. O problema é que uma construção política com tantas divergências é, na prática, impossível. A menos que se dê mais tempo ao tempo. Ou, em outras palavras, que se prorroguem prazos e se estabeleçam períodos de tolerância, o que pode significar uma ou mais partes insatisfeitas. Na ala dos Ministérios das Minas e e Energia, o amianto é visto como valioso recurso natural. Na área do Ministério do Desenvolvimento, como um fator de alavancagem econômica. Para os Ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Previdência, porém, é um fator agravante de risco à saúde pública. No meio desse tiroteio ficam os Ministérios das Relações Exteriores e a Casa Civil, que precisam manter a política da boa vizinhança. — Não importam quais sejam as posições individuais, vamos ter que apresentar uma proposta única até o final de 2004, garante o representante da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho, Lino Domingos.