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2004-08-18
Resumo: Nas últimas décadas ocorreram profundas modificações que causaram e ainda estão causando fortes impactos na estrutura social de muitas nações. Entre as muitas mudanças ocorridas, pode-se afirmar que o assunto preservação e degradação ambiental vem influindo em muitas das grandes decisões, tanto à nível local como global.
Com o aumento dos problemas relacionados ao meio ambiente, em praticamente todos os setores da sociedade, e com o surgimento de movimentos ambientalistas reivindicando redução dos impactos dos processos de produção sobre a natureza, forma-se um novo conceito de desenvolvimento, que procura conciliar crescimento econômico com conservação dos recursos naturais, chamado de Desenvolvimento Sustentável. Os pressupostos deste novo paradigma apresentam desafios às organizações, no que diz respeito ao uso mais eficiente dos seus insumos, desenvolvimento de processos e produtos mais limpos, e maior responsabilidade com os recursos naturais, práticas estas que se originam do conceito de gestão ambiental dos negócios empresariais.

Muitos setores buscam considerar estas questões no desenvolvimento dos seus negócios, muitas vezes por exigências da população ou por legislações que procuram amenizar os efeitos sobre o meio ambiente. Por outro lado existem grupos no setor produtivo que se organizam com o objetivo de aplicarem os pressupostos de um crescimento econômico atrelado ao respeito pela natureza através de uma exploração sustentável. No setor agrícola, as questões ambientais sempre estiveram mais presentes, devido a existência de diversos inter-relacionamentos com o meio ambiente. Com o aumento da modernização das práticas agrícolas, principalmente após a Revolução Verde (padrão tecnológico baseado em insumos químicos – agrotóxicos e fertilizantes -, máquinas, sementes melhoradas e irrigação) ocorreram, juntamente com os benefícios para a população, muitas preocupações (além dos sociais e econômicos) quanto aos impactos ambientais destas modernas técnicas, ressaltando-se o uso intensivo e desordenado de insumos artificiais e da mecanização.

Associado às preocupações ambientais causadores de mudanças no agronegócio, surge também um ambiente com diversas oportunidades a partir das constantes descobertas científicas sobre a funcionalidade dos alimentos e as pesquisas sobre modos de vida e saúde. São grandes alterações nos hábitos dos consumidores, que podem perfeitamente ser aproveitadas pelos agentes do sistema agroalimentar, na busca de lucratividade para os seus negócios. Estes segmentos ou nichos de mercado atendem diversas necessidades ditadas pelos consumidores, tais como a saúde, o aspecto social, a questão ambiental, a qualidade, enfim, exigências dos compradores dos produtos por uma diferenciação com relação ao que já existe no mercado. Como forma de atender a estas demandas de mercado e as preocupações diversas da sociedade, relacionadas ao meio ambiente, às questões sociais, culturais e econômicas, desenvolve-se um novo paradigma tecnológico de produção agrícola, baseado em práticas agroecológicas. A agroecologia é uma ciência que busca minimizar, principalmente, os impactos ambientais das atividades agrícolas nos ecossistemas, a partir da gestão das propriedades rurais como um sistema de produção, com diversos aspectos diferenciadores dos sistemas de produção convencionais, possuindo como objetivo a sustentabilidade ecológica, econômica e social.

O mercado de alimentos (orgânicos ou ecológicos), oriundos destes sistemas de produção, no mundo possui um faturamento de US$ 20 bilhões, e até 2005 crescerá atingindo a cifra de US$ 100 bilhões. No Brasil a agricultura orgânica cresce de 20 a 50 %, conforme a região, e representa uma fatia entre R$ 150 milhões a R$ 200 milhões do montante do setor de alimentos em 250 mil há implantados em todo o país. O presente trabalho tem por objetivo analisar a contribuição dos conceitos e ferramentas associadas aos modernos Sistemas de Administração da Produção (SAP), largamente utilizadas em sistemas industriais com o objetivo de criação de vantagens competitivas sustentáveis, para o entendimento aplicação em sistemas de produção (primária ou de matérias primas) agroecológicos de alimentos. Fundamentalmente busca-se, através desta análise caracterizar a importância da função de manufatura (produção) no que diz respeito ao alcance pelos empreendimentos rurais das suas metas estratégicas. Para o alcance desses objetivos, foram realizadas entrevistas em profundidade (fonte de informações primárias) em dez grupos de produtores rurais (associações, cooperativas e pequenos empreendimentos) agroecologistas do Estado do Rio Grande do Sul, que realizam a sua comercialização na região metropolitana de Porto de Alegre.

Na primeira parte deste trabalho apresentaremos de forma sucinta a evolução da importância da administração estratégica da produção para a estratégia global da empresa. Em uma segunda parte descreve-se os princípios científicos básicos e fundamentais dos sistemas alternativos de produção de alimentos, e apresenta-se a crescente evolução do mercado dos produtos oriundos deste modo de produção. Finaliza-se o trabalho com as devidas considerações sobre os Sistemas de Administração da Produção (SAP), utilizados mais intensamente nos setores urbano industriais e os Sistemas de Produção Agroecológica (SPA), utilizados com maior freqüência no setor agrícola de produção de alimentos e de matérias primas (propriedades rurais).
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Autor: Glauco Schultz.
Contato: glauco@bewnet.com.br.

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