Painel debate ataque a efeito estufa na BA
2004-08-17
Durante três dias, a capital da Bahia vai reter todo o conhecimento do mundo sobre manuseio de CO2. De hoje até quinta-feira, a cidade será sede de um encontro do 3º Grupo de Trabalho do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, na sigla em inglês), grupo de especialistas voltado para a captura e o armazenamento de carbono.
O manuseio do dióxido de carbono (CO2) é uma estratégia pleiteada pelo órgão internacional, ligado à ONU, para reduzir os gases-estufa presentes na atmosfera. A idéia é impedir que o carbono inorgânico, produzido por queima, seja liberado no ar. Ao invés disso, ele seria captado e guardado em reservas geológicas (como salitres e poços esgotados de combustíveis fósseis) ou nos oceanos. No Brasil, há pelo menos dois projetos em operação, ainda que o pontapé inicial não tenha sido altruísta. Há mais de dez anos, a Petrobras injeta 250 toneladas por dia de CO2 -vindo de uma fábrica de fertilizantes nitrogenados- em duas antigas jazidas petrolíferas no recôncavo baiano. Com a pressão exercida pelo gás, a companhia retira o petróleo residual. (Folha de São Paulo, 16/08)