Moradores de condomínio contaminado fazem protesto em SP
2004-08-17
Moradores fazem protesto para lembrar os três anos da divulgação da contaminação do subsolo do condomínio Barão de Mauá, em Mauá (Grande São Paulo). A principal reivindicação dos moradores é a realização de exames de saúde pelo menos em crianças e gestantes. Eles afirmam que os testes realizados em 2001, em menos de 10% das cerca de 4.000 pessoas que vivem no local, não foram suficientes para tranqüilizá-los. Pelos exames, não havia contaminação humana.
Os moradores também dizem se sentir abandonados pelas autoridades e pela construtora responsável hoje pelo condomínio, a SQG. A empresa ainda não cumpriu uma série de exigências da Cetesb (agência ambiental paulista) para a recuperação da área.
O terreno em que foram construídos os prédios serviu como lixão industrial clandestino por décadas. No subsolo, foram identificadas 44 substâncias tóxicas, como o benzeno e seus derivados.
A Secretaria da Saúde de Mauá disse ontem que novos exames não são cogitados, mas que continua o monitoramento do local. O Ministério da Saúde está elaborando um laudo sobre a contaminação do terreno, a partir de questionários respondidos pelos moradores e amostras do solo. O documento pode recomendar novos testes nas pessoas, mas não há prazo para a sua conclusão. (Folha de São Paulo, 17/08)