ONG vê danos ambientais na expansão produtiva da Alcoa
2004-08-17
A Alcoa, maior produtora mundial de alumínio, deverá prospectar a exploração de bauxita no Pará, o que indica a expansão de suas atividades no Brasil. A assessoria de comunicação da empresa, contudo, não confirmou os planos, alegando não haver ainda uma definição formal a respeito dessa exploração. No entanto, fontes da área ambiental já se manifestaram sobre os enormes impactos ambientais dessa atividade, prevista para se localizar 800 quilômetros a oeste de Belém. Segundo a ONG Amazônia, a exploração do mineral implicará a derrubada de pelo menos 8 mil hectares de florestas, além de trazer repercussões sobre o dia-a-dia de pessoas que moram em comunidades locais. A reserva de Juriti, naquela região, tem 350 milhões de toneladas de bauxita e poderá render 6 milhões de toneladas anuais a partir de 2007. O mineral vai suprir a Alumar, empresa da Alcoa localizada no Maranhão, parceira da BHP Billiton. Do seu escritório dos Estados Unidos, a Alcoa recentemente anunciou a intenção de investir US$ 1,6 bilhão no Brasil, até 2007. Isto implicaria expandir a capacidade de produção da Alumar das atuais 60 mil para 450 mil toneladas por ano em 2006, sendo 90% desse volume para exportações.