Prevenir e combater incêndios, no Brasil, poderá virar uma atribuição exclusiva de um profissional. Isto porque está sendo proposta a criação da profissão de engenheiro de prevenção e combate a incêndios. Trata-se de um projeto de lei com o número 3.699/04, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), atualmente sob análise da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. Se for aprovado, determinará que somente pessoas com curso de pós-graduação em combate a incêndios poderão realizar essa atividade. Eles serão engenheiros. Um dos argumentos para a nova profissão é a falta de conhecimento geral da sociedade sobre técnicas de combate a incêndios. Outro é o fato de se estar lidando com um número crescente de novas substâncias, que podem aumentar os riscos de um incêndio. No entanto, trata-se de algo polêmico, que certamente vai gerar reações negativas entre profissionais de outras áreas que já acumulam experiências no ramo. Pergunta-se: até que ponto um curso pode superar o conhecimento acumulado de profissionais como engenheiros e técnicos de segurança que passaram a vida toda lidando com situações reais de combate ao fogo? Não seria mais um corporativismo do que uma tentativa de defesa do meio ambiente e da vida?