Hipermercado paraguaio que se incendiou não tinha inspeção
2004-08-12
O hipermercado de Assunção, no Paraguai, que se incendiou no início de agosto, com a morte de mais de 400 pessoas, não tinha autorização para operar porque nunca haviam sido inspecionadas as suas condições de segurança, disse o oficial municipal de Assunção, Enrique Riera. O episódio, ocorrido no domingo, 1º de agosto, por volta do meio-dia, foi a pior tragédia da história do país. O dono do hipermercado, Ycuá Bolaños, teve prisão preventiva, além de seu filho, Daniel, e outras cinco pessoas que atuavam no estabelecimento. Conforme o chefe dos Bombeiros da Polícia, José Bogarín, informou que as causas do incêndio foram o acúmulo e a mistura de diversos tipos de gases no meio ambiente, em condições muito diversas de temperatura e umidade. — Os gases, altamente inflamáveis, misturaram-se, e o fogo propagou-se rapidamente, de forma fulminante, por toda a área e a periferia do hipermercado, onde havia entre 500 e 700 pessoas. Até o início desta semana, estavam contabilizados oficialmente 380 mortos, dos quais 43 em estado irreconhecível. Quarenta e uma pessoas estão em UTIs, entre elas, 11 em estado crítico. Conforme documentos da investigação das autoridades municipais, proprietários e funcionários do município aprovaram os projetos do edifício em 2001, mas de forma fraudulenta. (Clarín 11/08)