A adoção de uma política agrícola que dê mais atenção à agricultura irrigada foi defendida em pronunciamento pelo senador Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) na quinta-feira (16/08). Ele afirmou que o investimento nesse setor resultará em substancial aumento da produção de alimentos, com estabilidade das safras e equilíbrio no abastecimento do mercado. Isso tornaria os preços dos produtos agrícolas mais baratos internamente e mais competitivos para a exportação. - O fato é que, na equação custo/benefício, o investimento em irrigação é altamente compensador, principalmente por permitir o planejamento e a coordenação dos períodos de safras, evitando-se os efeitos devastadores da estiagem e obtendo-se frutos e grãos uniformes, argumentou o senador. Citando dados publicados no jornal Folha de S. Paulo, Eduardo Siqueira Campos comentou que o Brasil tem um potencial de irrigar cerca de 20 milhões de hectares mas tem apenas cerca de 3 milhões de hectares de área irrigada. Ele afirmou que a irrigação enseja um aumento médio de quase 500% no feijão; 218 % no algodão; 208 % na uva; 107 % na goiaba; e de 72 % na soja, dependendo da região e do clima. Siqueira Campos comentou que seu estado, Tocantins, dispõe da maior área contínua do mundo propícia à agricultura irrigada, na região do Vale dos Javaés. São mais de 3 milhões de hectares de várzeas irrigáveis por gravidade, onde estão sendo implementados projetos destinados ao cultivo de arroz e da soja. - O governo do estado está executando projetos de irrigação e produtores privados também vêm investindo nesse segmento. Mas os recursos são limitados e se ressente da falta de uma política nacional de irrigação que seja eficiente e estimule o avanço da agricultura irrigada, afirmou o senador. (Agência Senado)