O secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Valdir Andrés, entregou ao ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, na manhã de ontem (10/08), em Brasília, a posição dos governos holandês e alemão a respeito de alguns esclarecimentos acerca da adesão do Brasil ao Protocolo de Kyoto. — Tanto os alemães quanto os holandeses não aceitaram a forma como ofi assinada a carta do Brasil aderindo ao protocolo, revelou.

Sem modificações, estes países não aceitam liberar créditos de carbono (compensação financeira que os países são obrigados a fazer devido a emissão de gases poluentes) ao Brasil. O ministro Eduardo Campos prometeu estudar uma possível saída para o impasse, encaminhado a questão para a Comissão Interministerial de Meio Ambiente.

Vários projetos que poderiam receber créditos de carbono dos dois países estão trancados, segundo informou, ainda em Brasília, o chefe do setor de Meio Ambiente do Banco Mundial, Werner Kornexl. — Da forma que o Brasil aderiu ao protocolo, nenhum governo tampouco instituição internacional irá liberar recursos ao país, disse o gringo. Conforme ele, existem seis fundos de investimentos em créditos de carbono, com recursos na ordem de 2,5 bilhões de euros. (JC/ 7)