A organização não-governamental Greenpeace emitiu, na semana passada, uma nota na qual protesta pela falta de medidas para tornar os jogos olímpicos gregos mais verdes. Às vésperas da abertura das Olimpíadas de Atenas, a ONG assinalou ter ouvido promessas, há alguns anos, quando Atenas ainda era candidata à sede das competições, de que a cidade aproveitaria a chance de abrigar os jogos para implementar ações ambientalmente amigáveis, como a implantação de energia solar, a intensificação da reciclagem e o uso de materiais de construção não tóxicos. Porém, com exceção do transporte público, que melhorou bastante, pouca coisa mudou. Conforme a Greenpeace, Atenas desfará muito do progresso ambiental atingido em 2000, nas olimpíadas de Sydney. Às vésperas daquela ocasião, a ONG realizou uma campanha intensa para o uso de energia solar na vila olímpica, tendo obtido vitória nesse aspecto. Além disto, foi reduzido o uso de plástico e de PVC nas edificações, utilizando-se material alternativo. Outra campanha bem-sucedida da Greenpeace nas olimpíadas australianas foi no sentido de que grandes empresas de fast food como Coca-Cola e McDonald s passassem a utilizar gases refrigerantes e cogelantes menos agressivos à camada de ozônio. Porém, nas atuais olimpíadas, os patrocinadores Coca-Cola, McDonald s e Unilever não se comprometeram com este requisito ecológico. (Greenpeace 05/08)