ENCONTRO NA ILHA DO BANANAL (TO) DISCUTE ENERGIA LIMPA
2001-08-21
Técnicos do Banco Mundial, da AES Tietê, geradora e distribuidora de energia em São Paulo, investidores, integrantes do governo e de organizações não-governamentais do Brasil e de outros países, estarão reunidos até Quarta (22/08), no Centro de Pesquisa Canguçu, às margens da Ilha do Bananal, a 220 Km de Palmas, para discutirem a implantação de fontes energéticas inesgotáveis e que não afetem o meio ambiente. A energia a hidrogênio, considerada pelos ambientalistas como o sistema mais limpo e inovador do planeta, será um dos carros-chefe dos debates. O sistema está em fase de implantação no Centro Canguçu, através de uma parceria entre o Instituto Ecológica, AES Tietê e a empresa Nuvera. O workshop internacional sobre energia sustentável na Amazônia pretende discutir ainda temas como cooperação entre governos, iniciativa privada, agentes financeiros e organizações sociais; estratégias para a disseminação de energia sustentável; pesquisa e desenvolvimento de ações comerciais e financeiras. O responsável pelas relações com a iniciativa privada do Banco Mundial, Werner Kornexl entende que o desenvolvimento rural na Amazônia depende de fontes alternativas de energia, que vão implementar negócios sociais e ambientais sustentáveis. Além da energia do hidrogênio que poderá alcançar comunidades isoladas ou distantes das linhas de transmissão de energia elétrica, outros sistemas também estarão em debate, como a energia solar; a biomassa, aproveitando resto de madeira, bagaço de cana, coco babaçu, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e energia eólica, que já está sendo utilizada no Nordeste. Kornexl diz que esse evento é inédito pois o tema nunca foi discutido com essa abrangência. -Temos dinheiro para investir, tecnologia para gerar fontes alternativas de energia, conhecimento para capacitar a população e tudo isso está acontecendo de forma isolada, observou. Ele defende que é necessário juntar as experiências existentes e traçar uma estratégia integrada com banqueiros, governos, ongs e comunidade. Além do Banco Mundial, da AES Tietê e do Instituto Ecológica, o evento tem a participação da Agência Americana de Desenvovlimento Internacional (USAID), do Instituto Ecológica, da The Nature Conservancy, a maior ong em conservação de energia do mundo, entre outras entidades.