O deputado federal pertencente ao grupo ecologista espanhol Os Verdes de Andaluzia, Francisco Garrido, denunciou, em Granada, através de um comunicado, que as pulverizações aéreas de substâncias agrotóxicas para combater a mosca da oliveira estão causando sérios danos ao meio ambiente e deteriorando a biodiversidade, além de impedirem a agricultura ecológica e trazerem sérios riscos de intoxicação para as populações onde se realiza. Conforme nota da assessoria de comunicação de Os Verdes de Andaluzia, a pulverização aérea implica, literalmente, matar moscas com canhões químicos, envenenando o ar, as plantas, os solos, a mata e os animais, e deixando doentes as pessoas. O agente químico utilizado na operação é o dimetoato, de grande agressividade tóxica, que pode causar patologias de diversas gravidades. O impacto deste agente sobre a fauna é especialmente persistente no meio aquático. Os Verdes de Andaluzia consideran que o grau de efetividade dessa substância na luta contra a mosca da oliveira não justifica a sua utilização massiva. Eles podem produzir dores de cabeça, palidez, náuseas, confusão, sonolência, convulsões, deficiências respiratórias e outros males, sem falar em graves efeitos neurológicos, deformidades em recém-nascidos, alterações hormonais e câncer. (El Mundo 04/08)