O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, quem tem recebido o título de -inimigo da floresta-, enviou um projeto de zoneamento para a Assembléia Legislativa, onde mostra que grandes extensões de terra no Estado ainda podem ser exploradas para a agricultura. Conforme dados do governo, a extensão territorial do Estado é de 906 mil quilômetros quadrados e mais de 90 milhões de hectares. Por lei, é permitida a abertura de 20% da área de florestas e 65% do Cerrado para a exploração econômica. Na estimativa do governador Blairo Maggi, ainda há de 40 a 45% do território para ser utilizado. Em contrapartida à expansão agrícola, o chefe do Executivo alegou que o governo desenvolve o Programa de Recuperação de Matas Ciliares, dentre outras iniciativas. O secretário de Desenvolvimento Rural, Homero Pereira, avaliou que a proposta do Zoneamento Sócio-Econômico-Ecológico derruba a celeuma existente acerca do uso do solo mato-grossense. — Ele vem para mudar alguns conceitos. A única frustração é que ele não serve para mudar a legislação federal —, afirma o secretário, referindo-se aos limites de desmatamento de mata nativa impostos pelo Governo. (Diário de Cuiabá, 04/08)