UFSC tem tecnologia contra incidentes com plataformas de petróleo
2004-08-05
A solução para problemas de vazamento de petróleo em plataformas marítimas poderá ser mesmo caseira, e de alta eficiência. Pesquisadores do Laboratório de Soldagem (Labsolda) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão trabalhando em um tipo inovador de soldagem, denominado soldagem subaquática direta, em um oprojeto que poderá auxiliar a Petrobras a baixar seus índices de incidentes e acidentes relacionados a vazamentos de petróleo. Também conhecida como soldagem molhada, a tecnologia está em teste há nove meses na Petrobras, sendo utilizada em reparos na plataforma semi-submergível P-27, na Bacia de Campos (RJ). Se for aprovada, a Petrobras poderá incorporá-la ao seu rol de técnicas de manutenção. O novo tipo de soldagem foi disponibilizado pelos aparelhos Hiper 1 e Hiper 2, utilizados na soldagem de peças estruturais danificadas da P-27. A vantagem da soldagem molhada é que o operador-mergulhador pode trabalhar diretamente sobre as partes submersas das peças sem a proteção de um ambiente artificial, como na tradicional soldagem a seco, método usado pela indústria naval para reparos subaquáticos. Em vez de trabalhar protegido por uma campânula, junto com o equipamento de soldagem, o operador atua a descoberto, munido apenas dos cabos de solda conectados às fontes de soldagem. É um sistema, dizem os técnicos, muito mais rápido e barato.