A tecnologia estaria sendo colocada a serviço da degradação do meio ambiente e da pesca predatória no rio Uruguai e seus afluentes. É o que denuncia o vice-presidente da Comissão Binacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Paso de los Libres/Uruguaiana, Juraci Luques Jacques. Segundo o ecologista, pescadores de diversas regiões do Estado, mesmo em período de piracema, estariam monitorando o deslocamento de cardumes de dourados e de piavas, entre outros, por meio de instrumentos sofisticados, inclusive um sonar conectado a satélite, inibindo assim o deslocamento dos dourados na direção das cachoeiras e de piavas rumo aos afluentes. Os pescadores utilizariam ainda redes com malhas proibidas que variam dos dois aos seis milímetros. Para Juraci, a única alternativa será mesmo a aplicação da Operação Dourado, da Brigada Militar, que prevê patrulhamento embarcado, as 24 horas do dia, de outubro a janeiro, ao longo do rio Uruguai. Os prejuízos acumulados pela categoria de pescadores profissionais somam quantias importantes, podendo representar R$ 300,00/dia. (CP/20)