Portugal tem 50 mil hectares destruídos por incêndio
2004-08-04
Até o último domingo (1º/08), foram registradas perdas de 50 mil hectares, em Portugal, em razão de incêndios florestais. Segundo a Direção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) os grandes fogos começaram no dia 25 de julho. Conforme levantamentos realizados por guardas florestais, desde o início do ano até 25 de julho, arderam 32.787 hectares. Contudo, recorrendo a imagens do satélite Modis - que possibilita estimativas para incêndios superiores a cem hectares -, feitas no dia 25, às 14h30, a direção-geral elevou o valor de área queimada em Portugal para 50 mil hectares. Os incêndios de grandes proporções foream registrados nos distritos de Faro (Monchique, Alcoutim e Castro Marim), Setúbal (Parque Natural da Arrábida), Vila Real e Braga, mas estes não foram detectados pela imagem do satélite. No ano passado, foram destruídos pelo fogo, em Portugal, 423.276 hectares, quatro vezes mais do que a média anual da década de 90. Os incêndios de 2003 provocaram 20 mortos e danificaram cerca de 2,5 mil edifícios. A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou, segunda-feira (02/08), em documento intitulado Riscos para Saúde Resultantes de Incêndios, que os fogos florestais e urbanos têm como conseqüências mais freqüentes à saúde das populações as queimaduras, a asfixia e a desidratação. Entre os poluentes emitidos pelos incêndios, a DGS destaca as partículas, os óxidos de nitrogênio, dióxido de enxofre e o monóxido de carbono. Estes poluentes provocam ou agravam problemas respiratórios devido às pequenas partículas que existem em grande abundância no fumo produzido pelos incêndios e que se depositam nas vias respiratórias. (Ecosfera, 1º/08)