Expedições científicas farão inventários biológicos no Amapá
2004-08-03
Começou domingo uma série de 15 expedições científicas nas unidades de conservação do Amapá. O objetivo da iniciativa é mapear a biodiversidade local subsidiando a elaboração de políticas públicas eficientes para a conservação de suas riquezas naturais. A operação é liderada pela organização não-governamental Conservação Internacional (CI-Brasil), em parceria com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o IBAMA, e tem a participação do Exército. As expedições vão durar dois anos e têm um custo estimado de R$ 700 mil.
Além de contar com uma grande diversidade de paisagens, que inclui desde florestas tropicais até extensas áreas de mangue e cerrado, o Amapá, em relação a seus vizinhos na Amazônia, é o estado que tem sofrido menos pressões humanas, com uma taxa de desmatamento muito inferior à média da região. Cerca de 96% do território têm sua cobertura vegetal intacta. Dentre as unidades de conservação estão alguns gigantes, como o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o maior parque de florestas tropicais do mundo, com mais de 3,8 milhões de hectares; a Reserva de Desenvolvimento do Rio Iratapuru, no sul do estado, com cerca de 806 mil hectares; além de reservas biológicas, estações ecológicas e florestas nacionais. Juntas, essas unidades de conservação compõem o Corredor de Biodiversidade do Amapá. (Agência Brasil, 02/08)