A Justiça Federal determinou a quebra dos sigilos bancário e telefônico de dez suspeitos de envolvimento nas mortes de 73 animais do Zoológico de São Paulo. Funcionários do zôo estariam entre os acusados. O objetivo da decisão é verificar se os ganhos dos suspeitos estão compatíveis com seus salários e tentar comprovar supostas ligações deles com uma quadrilha de tráfico de animais.

De acordo com as investigações da polícia, a quadrilha responsável pelas mortes agiu motivada por vingança, depois que medidas foram tomadas para coibir a comercialização ilegal das espécimes do parque. O grupo seria organizado por pessoas de fora da instituição, contaria com o apoio de alguns funcionários e teria a intenção de enfraquecer o controle interno do zôo, para voltar a obter lucro com o tráfico de animais. Laudos confirmaram mortes por envenenamento de 43 porcos-espinhos, dez micos-leões, cinco dromedários, três chimpanzés, três antas, três macacos, um elefante, um orangotango, um bisão, dois tamanduás e um sagüi preto. (O Globo on line, 30/07)