Presidente da ONG Amigos da Terra alerta para malefícios do carvão
2004-07-31
Na oficina, a presidente da ONG Amigos da Terra, Kátia Vasconcellos, apresentou o tema do livro lançado recentemente pela Fepam: o impacto do carvão no meio ambiente do sul do Brasil. Após fazer um panorama do emprego do carvão e de suas conseqüências, ela protestou contra as empresas que pregam uma queima limpa deste composto mineral. Ela abordou a questão da consciência em relação aos malefícios versus a dependência econômica desta tividade. Recentemente, Kátia visitou uma escola localizada ao lado de uma mina de carvão. Diariamente, em uma certa hora as portas da escola eram fechadas e os alunos recolhidos para que não aspirassem a fumaça da explosão da mina, empregnada de carbono, mercúrio e outros elementos químicos. Professores da escola, que tinham conhecimento do impacto ambiental daquela atividade, nada faziam para opor-se a ela, dado que a exploração desta fonte de energia sustenta a economia da cidade. Kátia criticou também o carvão brasileiro, dizendo que é baixa sua qualidade e a composição é formada por 50% de cinzas. Ela destacou uma outra possível forma de contaminação: além de ser prejudicial ao ar, ao ser levado o carvão libera elelemtos químicos na água e a mesma é utilizada na irrigação de lavouras de arroz. Pesquisas estão sendo feitas para confirmar este dado para o município de Cachoeira do Sul.