Zona Franca Verde: Reserva de Mamirauá/AM
2004-07-30
O governador Eduardo Braga e um grupo de dirigentes de 14 instituições governamentais, incluindo seis secretários de Estado, estiveram este fim de semana na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, localizada no município de Tefé, a 525 quilômetros de Manaus em linha reta. A equipe foi conhecer de perto como vivem as populações tradicionais e suas experiências com o desenvolvimento sustentável, o modelo proposto por Braga para o interior do Estado chamado Programa Zona Franca Verde (ZFV).
De acordo com o governador, a idéia de conservar a natureza oferecendo alternativas econômicas para que as populações do interior possam sobreviver é a essência do ZFV. Por isso, a experiência de Mamirauá vai servir de modelo para as outras quatro unidades de conservação que juntas formam o chamado Corredor Ecológico Central, e que abrangem uma área de mais de 6 milhões de hectares do Estado. O Governo vai reforçar as ações que já são realizadas há 14 anos pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) na área da reserva. A ida dos secretários foi para que cada um observasse as demandas existentes no local e oferecesse projetos de apoio ao instituto.—De tudo que vi e que pude ouvir do povo da reserva a certeza que tenho é que o caminho da Zona França Verde está correto. É através do desenvolvimento sustentável, a partir do manejo do pescado, dos recursos florestais e da produção agrícola que nós poderemos dar uma resposta de curto prazo para o emprego e renda no interior do Estado do Amazonas—, comentou o governador ao final da visita, que iniciou na sexta-feira à noite.
Durante a visita, Eduardo Braga e sua comitiva estiveram em Vila Alencar, um pequeno povoado de cerca de 200 habitantes, distante duas horas de barco de Tefé, no Médio-Solimões. O povoado é uma das 63 comunidades que habitam a RDSM formada por uma área de 1,1 milhão de hectares, metade do estado de Sergipe, onde vivem cerca de 6,5 mil moradores usuários. O governador conversou com os moradores e conheceu os projetos do programa de alternativas econômicas praticados na comunidade a partir de gestão participativa. As 30 famílias que habitam o local vivem da pesca, da produção agrícola, do ecoturismo e do artesanato. (Ambiente Brasil, 30/07)