Luz do sol está sendo usada para decompor restos fitossanitários
2004-07-30
O conselheiro de Inovação, Ciência e Empresa de Andaluzia, na Espanha, Francisco Vallejo, inaugurou, na última sexta-feira (23/07), a primeira planta de lavagem de embalagens agrícolas que utiliza a luz do sol para decompor os restos fitossanitários - materiais utilizados para a prevenção ou tratamento de enfermidades de plantas - considerados como resíduos perigosos. A unidade também vai depurar e reutilizar a água procedente da limpeza dos envases. O salto tecnológico do projeto consiste em utilizar a banda ultravioleta do espectro solar para a destruição de compostos tóxicos e resíduos industriais que se encontram em estado líquido ou gasoso (processos de destoxificação solar), e aplicar a radiação solar para a purificação (desinfecção solar) e obtenção de água (dessalinização solar). As instalações lavam e trituram os envases de produtos fitossanitários, considerados resíduos perigosos, obtendo-se, nesse processo, água contaminada, que será tratada mediante fotocatálise solar até sua completa descontaminação, permitindo uma posterior reutilização. Também se pode obter plástico triturado, que poderá ser reciclado para a fabricação de produtos de polietileno. Além disto, podem-se eliminar outros materiais não perigosos, como garrafas de ácidos e bases ou tubos de polietileno. O sistema, que está desenvolvido totalmente em Almería, utilizando uma tecnologia limpa, bem como energia renovável, soluciona um problema importantíssimo para a agricultura intensiva, como a reciclagem de envases de produtos fitossanitários. O projeto contou com investimentos de 1 milhão de euros. (El Mundo 29/07)