Boa vontade não basta. Ativistas que lutam pelo banimento total do amianto estão criticando a postura do governo brasileiro perante a mineração e produção de artefatos de asbestos. Segundo a coordenadora da Rede Asbestos-Ban, engenheira Fernanda Giannasi, o máximo que foi feito até agora, no Brasil, durante a atual gestão do Executivo federal, foi um documento, do dia 28 de março deste ano, em que uma Comissão Interministerial reconhece a gravidade da situação da saúde dos expostos a amianto e apóia o banimento. Porém, fica apenas na retórica. De acordo com o documento, é necessário defender a saúde da população e o meio ambiente, mas sem prejudicar os anseios de crescimento econômico sustentável dos paises menos industrializados. O Ministério das Minas e Energia apóia abertamente a exploração do amianto crisotila, tendo como referência o que considera o uso seguro desse tipo de mineral. E teme que o amianto seja substituído por produtos que não se sabe se podem causar ainda mais danos à saúde. Mas, para a coordenadora da Rede Asbesto Ban, Fernanda Giannasi, todo esse discurso mostra indecisão perante a gravidade da situação.